Estoque de células: Estratégia garante resgate de genética

20/12/2015
Guardar a variabilidade genética das nossas raças é uma questão de segurança nacional. Com a variabilidade genética e competência nas biotecnologias de ponta é possível desenvolver modelos de produção animal mais racionais.
O serviço de congelamento de células somáticas de animais considerados excepcionais é o novo conceito dentro do segmento de produção de clones da Geneal.
"Esse trabalho visa primeiramente garantir a preservação genética do animal caso ele morra de maneira repentina", afirma o pesquisador e diretor da Geneal, Dr. Rodolfo Rumpf. 
Segundo ele, o armazenamento das células funciona como um verdadeiro seguro animal. "No mercado tradicional de seguro de animais de elite, o que está em jogo é o valor indenizatório, apenas. Já a nossa proposta representa uma garantia de fato de que essa genética, muitas vezes de valor imensurável, será resgatada em caso de perda prematura", compara o pesquisador, que chefiou a equipe da Embrapa responsável pela criação do primeiro clone bovino da América Latina: a bezerra Simental Vitória, falecida no ano passado, aos dez anos de idade.
As células somáticas são obtidas a partir da retirada de um pedaço de pele do animal, inferior a um centímetro quadrado, geralmente extraído da parte de trás da orelha ou da cauda. Em laboratório, após a remoção dos pêlos, essas células são multiplicadas em placas de cultivo, isoladas e inseridas em palhetas ou frascos, que, por sua vez, são armazenados em botijão de nitrogênio líquido (idêntico ao usado para a estocagem de sêmen bovino).
"Tomamos o cuidado de armazenar as amostras de cada animal em até três botijões diferentes, como garantia para eventuais acidentes ocorridos com algum deles", enfatiza Rumpf.  Como medida de segurança, o criador também pode estocar parte desse material genético em botijões instalados em sua própria fazenda. 
 
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